segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Reflexão a partir do Divã



É, desde que criei o blog, não tinha ficado um só dia sem postar. Mas a gripe me pegou e não estava muito animado para postagens. Mas, sábado à noite, passando os canais da TV, percebi que estava começando Divã no Telecine Premium. Já tinha visto, mas o filme era bom e por que não vê-lo novamente?

Ao final do filme, tive a "inspiração" para o post de hoje. Ok, não sou bom em postar textos sentimentais nem tocantes, mas queria propiciar uma reflexão. O filme Divã conta a história da vida de Mercedes (Lilia Cabral), uma mulher de 40 anos que vive os conflitos impostos pela sociedade atual (sim, aos que não viram, eu vou contar o final). Casada e mãe de dois filhos, ela procura um psicanalista sem saber exatamente o motivo. A partir disso, ela começa a mudar de vida radicalmente. 

Ela acaba por questionar seu casamento, principalmente, provocando a separação. Acaba por ter alguns affairs, mas apenas relações passageiras. Ao seu lado, Mercedes tem uma amiga de todas as horas, Mônica. Esta, apesar de uma mulher "tradicional" que preza pelo casamento, acompanha todas as mudanças na vida da amiga. A história começa a chegar ao fim quando Mercedes recebe alta do psicanalista. 

Pouco tempo depois, sua melhor amiga morre, vítima de um câncer que somente a própria Mônica sabia sem  nunca ter contado a ninguém, inclusive Mercedes. A lição do filme gira em torno de, apesar de melhores amigas, Mercedes nunca ter percebido a doença da amiga. A partir daí ela faz uma reflexão sobre todas as coisas que deixamos de fazer e dizer às pessoas que gostamos.

Muitas vezes, não dizemos o quanto amamos algumas pessoas, não pelo sentimento não ser verdadeiro, mas porque a nossa rotina é muito corrida ou, simplesmente, porque acreditamos que não há necessidade. Eis que surpresas surgem à nossa frente e percebemos que poderíamos ter demonstrado o quanto gostávamos de alguém que agora não está mais entre nós.

É incrível como a vida dá voltas. Às vezes tudo parece estar no lugar e, de repente, a vida dá uma guinada e muda tudo. E, por mais que as mudanças não sejam boas, elas servem de lições e nada pode ser esquecido. É como o casamento da Mercedes. Ela precisou de algum tempo, mas ao final percebeu que, apesar de não ter durado para sempre, ele foi intenso enquanto durou, porque ela amou de verdade.

Não devemos manter algumas coisas por simples acomodamento. É fundamental mudar e guardar as coisas boas na lembrança, porque outras melhores ainda virão. Pensem nisso, vale a pena refletir sobre a vida algumas vezes.

Um comentário:

  1. Muito bom o filme.
    É um filme de cabeceira!
    hehe
    Dá até para se emocionar!
    Adorei teu blgo Elias!
    Abraço

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