Além da desonestidade clara da maioria, outra coisa que me revolta nos políticos, é a necessidade de fazer milhões de panfletos com a respectiva foto. Caramba, pra que sujar tanto a cidade? Isso sem contar o caos que o entrevero de bandeiras causa. Aqui no calçadão de Pelotas está uma loucura, além dos comitês ambulantes na frente do chafariz, tem aquela manada de gente que é contratada pra passear pra lá e pra cá com uma bandeirinha nas costas.
Aos que não sabem, eu moro no final de uma ponta do calçadão e o meu pré vestibular é quase no outro extremo, então atravesso o centro comercial diariamente. E nada mais cansativo do que andar no calçadão às 18h, que é o horário que o colégio já terminou e tem uma manada de pré-adolescente parado no meio, atrapalhando o fluxo (Ok, eu também já fui um, mas sempre tive mais o que fazer do que ficar vagabundeando depois da aula).
Como se isso não fosse suficiente, tem as pessoas que não sabem andar em linha reta, as que se debatem, as extremamente lentas, enfim... Mas é em época de eleição que tem-se o plus: as propagandas. Ando chutando papeizinhos por todo lado. A cada dois passos me entregam um santinho diferente. Bato em bandeiras. Perco tempo em congestionamento de pedestres (sim, porque as mesas montadas com cavaletes cheios de adesivos estão monopolizando o calçadão).
Hoje, por azar, já saí atrasado de casa e ainda avistei uma passeata no calçadão (lugar mais proprício impossível, certo?). E tomaram conta de toda extensão lateral, ou seja, não tinha como passar sem ser pelo meio deles, que andam empolgados aos berros e com suas bandeiras atrofiadas nas costas. Resultado: o cara pede licença e nenhum deles se move. Bom, tive que atropelar e a aguentar a cara feia deles.
Ah, francamente, vamos ter um pouco mais de noção, ok? Divulguem mais as propostas e não tanto o nome. Eu tenho meus candidatos escolhidos e não foi pela insistência da foto que chegava em minhas mãos, foi pelo que julgo mais competente. Talvez propor mais soluções para a cidade deem mais credibilidade do que armar circos pelas ruas.
Mas, como com o meio ambiente e o bem estar da população são o que menos importa mesmo, eles continuam agindo da mesma forma.
Eu não tinha lido esta postagem ainda. Ri muito, porque infelizmente é tudo verdade. Em Pelotas, a ignorância do povo permite que o caos tome conta enquanto as pessoas crêem estar em pleno carnaval. É uma bagunça lamentável mas que na sua descrição ficou muito engraçada.
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